O graffiti é uma arte efêmera,como muito se ouve falar por aí. Efêmera pelo fato das pinturas estarem nas ruas,sendo assim,qualquer ação inusitada pode fazer com que a pintura seja extinta ou sofra alguma intervenção,seja pela ação do tempo ou por outra pessoa. Pensando por esse lado o graffiti realmente é efêmero,não só pela pintura em si,mas também por causa dos escritores(assim,também,são chamados os graffiteiros). Muitos graffiteiros pintam na rua desde que começaram até agora,porém outros atuam durante um tempo e depois não o fazem mais. Os motivos são diversos,desde não sentir mais tesão pela cultura até não ter realmente condições de sair para pintar algo,e não cabe a nós ficarmos julgando os outros,cada um sabe de si e das suas prioridades.
Um nome que já fez (e na minha opinião ainda faz) parte da cultura da arte urbana de Porto Alegre é Schand BKC. A sigla significa Big Kap Crew,grupo que o escritor pertencia,atuante no bairro Cidade Baixa,Menino Deus,Santo Antônio e Centro.
Schand pintava murais que geralmente eram monocromáticos,as vezes ao lado de outros graffteiros, como Mateus Grimm e Trampo,mas também fez trabalhos sozinho. O escritor faz parte do universo do graffiti porque a forma como pintava tem a ver com a cultura desta arte urbana,utilizando como suporte muros (muitos vezes sem autorização) e transcrevendo sua assinatura para as paredes em forma de tag,com materiais como rolo e spray.
Suas últimas ações foram em meados de 2005,quando sumiu das ruas,não produzindo significadamente nada de novo. Porém algumas pinturas feitas antes desse ano ainda vivem em muros de Porto Alegre. As demais só em registro fotográfico ou na memória de quem viveu essa época.
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